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TAXA SELIC - Selic: Copom eleva juros básicos da economia para 7,75% ao ano com aumento surpreendente de 1,5%

Em um momento de aumento da inflação com impacto nos alimentos, combustíveis, energia elétrica e ainda com a possibilidade de um possível furo no teto dos gastos do Orçamento, o Banco Central (BC) apertou ainda mais os cintos na política...

28 de outubro de 2021
Contábeis

Em um momento de aumento da inflação com impacto nos alimentos, combustíveis, energia elétrica e ainda com a possibilidade de um possível furo no teto dos gastos do Orçamento, o Banco Central (BC) apertou ainda mais os cintos na política monetária. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 6,25% para 7,75% ao ano. 

A decisão surpreendeu os analistas financeiros, que esperavam um reajuste máximo de 7,5% ao ano. O comitê informou ainda que também deverá elevar a Selic em mais 1,5 ponto percentual na próxima reunião do órgão, em dezembro, em sua última reunião do ano.

Em comunicado, o Copom informou que a instabilidade no mercado financeiro provocada pela decisão de mudar o cálculo do teto de gastos fez o BC aumentar ainda mais o ritmo de aperto monetário. Na avaliação do órgão, os acontecimentos recentes elevaram o risco de a inflação subir mais que o previsto, justificando a alta dos juros.

Maior valor em 4 anos

A taxa está no nível mais alto desde outubro de 2017, quando  estava em 8,25% ao ano. Esse foi o sexto reajuste consecutivo na taxa Selic. De março a junho, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, o reajuste passou para 1,25 ponto em setembro.

Com a decisão, a Selic continua num ciclo de alta, depois de passar seis anos em ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

 

Esse foi o maior aperto monetário em quase 20 anos. A última vez em que o Copom tinha elevado a Selic em mais de 1 ponto percentual tinha sido em dezembro de 2002. Na ocasião, a taxa tinha passado de 22% para 25% ao ano, com alta de 3 pontos.

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